domingo, 29 de abril de 2012

Visão


Foi numa manhã que o Pontífice Leão XIII após ter celebrado uma Santa Missa e participando de uma outra em ação de graças, assim como já era de seu costume.

Quem acompanhava aquela celebração pode ver que de repente Leão XIII virou – se para o celebrante da Santa Eucaristia e fixou os seus olhos acima da cabeça do mesmo. Ficou como que imóvel, seus olhos não piscavam, e ao mesmo tempo em seu rosto via – se uma expressão de terror e admiração. Algo lhe tinha acontecido!

O que teria feito o Santo Padre parar daquela maneira imóvel?!

Após um breve tempo Leão XIII voltou – se a si e rapidamente se levantando foi ao seu escritório particular.

Aqueles que lhe eram mais próximos e antes do Santo Padre entrar em seu escritório perguntaram se ele estava precisando de algo, ou se alguma coisa estava acontecendo: “Nada, nada”, responde o Santo Padre, e adentra o seu escritório.

Após meia hora o Santo Padre pede para que lhe chamem o Secretário da Congregação de Ritos, lhe entrega uma folha e pede para que seja entregue a todos os Ordinários do mundo!

O que de fato continha naquele escrito?

Era a oração que rezávamos no final da missa, com uma súplica a Virgem Maria e a Invocação ao Arcanjo Miguel, na qual implorava a Deus que precipite Satanás ao inferno.  Na mesma carta ordenava – se igualmente que estas orações fossem rezadas de joelhos.

Em 1946, em Bolonha; o Cardeal Natalli Rocca no período da Quaresma pode testemunhar:

“Foi mesmo Leão XIII quem redigiu esta oração. A frase “Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder das almas” tem uma explicação histórica que o seu secretário particular Monsenhor Rinaldo Angeli, nos contou várias vezes: ”Leão XIII teve verdadeiramente a visão de espíritos infernais que se adensavam sobre a cidade eterna de Roma.”

Foi da experiência desta visão do Santo Padre que nasceu então a oração:

“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxilio contra a malícia e as ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas”.

Por isso recomendo à você que faça esta oração após a sua comunhão e por diversas vezes durante o seu dia. Você poderá experimentar sobre a sua vida a força desta oração!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Oração à Arcanjo Miguel

Muitos de nós recordamos de que, antes da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, os celebrantes e os fiéis, no fim de cada Missa, ajoelhavam-se para rezar uma oração a Nossa Senhora e outra a S. Miguel Arcanjo.

Reportamo-nos ao texto desta última porque é uma oração bonita que pode ser rezada por toda a gente para seu próprio benefício:
       
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxilio contra a malícia e ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas”.
       
Como é que nasceu esta oração?

Transcrevo um artigo que foi publicado na revista: Ephemerides Liturgicae escrito pelo Pe. Domenico Pechenino em 1955, a págs. 58-59.

“Não me lembro exatamente do ano. Uma manhã, o grande Pontífice Leão XIII tinha celebrado a Stª Missa e estava a assistir a uma outra de ação de graças, como de costume. De repente, viu-se ele virar energicamente a cabeça, depois de fixar qualquer coisa intensamente, sobre a cabeça do celebrante. Mantinha-se imóvel, sem pestanejar, mas com uma expressão de terror e de admiração, tendo o seu rosto mudado de cor. Adivinhava-se nele qualquer coisa de estranho, de grande.

Finalmente voltando a si, bate ligeira, mas energicamente com a mão, levanta-se. Dirige-se ao seu escritório particular. Os mais próximos seguem-no com preocupação e ansiedade. E perguntam-lhe em voz baixa: Santo Padre, não se sente bem? Precisa se alguma coisa? Responde: “Nada, nada”.

Daí a uma meia hora manda chamar o Secretário da Congregação dos Ritos, e estendendo-lhe uma folha de papel, manda fazê-la imprimir e enviar a todos os Ordinários do mundo. Que assunto continha? A oração que rezávamos no fim da missa com o povo, com a súplica a Maria e a invocação ardente ao Príncipe das milícias celestes, implorando a Deus que precipite Satanás no inferno.

Naquele escrito ordenava-se igualmente que as orações fossem rezadas de joelhos. Também foi publicado no jornal La Settimana del Clero, em 30 de Março de 1947, não sendo citada a fonte que deu origem à notícia. Será contudo notada a maneira insólita como esta oração, enviadas aos Ordinários em 1886, foi mandada rezar.

Para confirmar aquilo que o Pe. Pechenino escreveu, dispomos do testemunho irrefutável do Cardeal Natalli Rocca, que na sua carta pastoral para a Quaresma, emanada de Bolonha em 1946, diz: “Foi mesmo Leão XIII quem redigiu esta oração. A fase (Satanás e os outros espíritos malignos) que vagueiam pelo mundo para perder das almas tem uma explicação histórica que o seu secretário particular Mons. Rinaldo Angeli, nos contou várias vezes; Leão XIII teve verdadeiramente a visão de espíritos infernais que se adensavam sobre a cidade eterna (Roma).

Foi desta experiência que nasceu a oração que ele quis toda a Igreja rezasse. Esta oração rezava-a ele com voz viva e vibrante: ouvimo-la muitas vezes na Basílica do Vaticano. Mas isto não é tudo: ele escreveu também por suas próprias mãos um exorcismo especial que figura no Ritual Romano (ed. 1954, tit. XII, c.III, pág.863 e seg.). Recomendava aos bispos e aos sacerdotes que rezassem muitas vezes estes exorcismos nas suas dioceses e paróquias. Ele próprio o fazia muitas vezes durante o dia.

Também é interessante ter em conta um outro acontecimento que reforça ainda mais o valor desta oração que se rezava no fim de cada Missa. Pio XI quis que, ao serem rezadas estas orações, se pusesse uma intenção particular pela Rússia (alocução de 30 de Junho de 1930). Nesta alocução, depois de ter lembrado as orações pela Rússia que ele próprio tinha pedido a todos os fiéis a quando da festa do Patriarca S. José (19 de março de 1930) e, depois de ter lembrado a perseguição religiosa na Rússia, concluiu com estas palavras:

 “E para que todos possam sem fadiga e sem obstáculos continuar esta santa cruzada, decidimos que as orações que o nosso bem amado predecessor Leão XIII ordenou aos sacerdotes e aos fiéis que rezassem depois da Missa, sejam ditas por esta intenção particular, isto é, pela Rússia. Que os bispos e o clero secular e regular tomem ao seu cuidado informar os fiéis e aqueles que assistem ao Santo Sacrifício, e que não se esqueçam de lhes lembrar estas orações (Civiltà Cattolica, 1930, vol.III).

Conforme se pode constatar a presença aterrorizadora de Satanás foi claramente tida em conta pelo Pontífice; e a intenção que Pio XI, tinha acrescentado, visava mesmo o fundamento das falsas doutrinas difundidas no nosso século, que envenenaram não só a vida dos povos mas também dos próprios teólogos.
       
Se a disposição tomada por Pio XI não foi respeitada, a falta deve-se àqueles a quem tinha sido confiada; inseria-se perfeitamente no âmbito dos avisos carismáticos que o Senhor havia dado à humanidade através das aparições de Fátima, embora mantendo-se independente desta: Fátima ainda era desconhecida do mundo.

Fonte: Extraído do Livro "Um Exorcista Conta-nos" 
Pe. Gabriele Amorth - Ed. Paulinas.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A sabedoria de Leão XIII


Bento XVI nutre grande admiração pelo Papa Leão XIII. Por ocasião da visita de 5 de setembro de 2010 a Carpineto Romano, cidadezinha natal de Gioacchino Pecci, ele explicou que Leão XIII conseguiu difundir uma mensagem que "conjuga fé e vida, verdade e realidade concreta". "O Papa Leão XIII", destacou Bento XVI, "com a assistência do Espírito Santo, foi capaz de fazer isso num período histórico dos mais difíceis para a Igreja, permanecendo fiel à tradição e, ao mesmo tempo, encarando as grandes questões abertas". De fato, apesar dos ataques contínuos e ferozes contra a Igreja, Leão XIII (1878-1903) conseguiu difundir um magistério sábio e cheio de visão. Bento XVI fala do magistério de Leão XIII como o de "uma Igreja capaz de encarar sem complexos as grandes questões da contemporaneidade". Para facilitar o conhecimento e aprofundar as verdades do magistério de Leão XIII, a historiadora Angela Pellicciari publicou "Leão XIII em pílulas" (Fé & Cultura). Antonio Gaspari da Agência ZENIT entrevistou a autora.

ZENIT: O Papa Leão XIII é conhecido especialmente pela contribuição à Doutrina Social. Mas você afirma que a contribuição dele ao magistério de Pedro é muito mais vasta. Pode nos explicar o seu ponto de vista?
Pellicciari: Eu acho que, depois de Pio IX (1846-78) ter sido caluniado e ridicularizado, não podia acontecer a mesma coisa com Leão XIII (1878-1903). Era preciso contrapor o visionário, moderno e sábio Leão XIII ao obtuso e incapaz Pio IX. Então se enfatizou deliberadamente a Rerum novarum, esquecendo-se que esta encíclica só faz sentido num contexto de fé e cultura muito mais vasto.

ZENIT: Leão XIII viveu num período em que a Igreja foi duramente criticada e atacada pelo liberalismo, pela maçonaria e pelo socialismo. Você pode nos explicar como o Pontífice reagiu?
Pellicciari: Dizendo a verdade, assim como Pio IX. Recordando que o catolicismo liberal difunde mentiras na tentativa de dividir a Igreja e anular as suas defesas; reiterando que o poder temporal é essencial ao Papa para desenvolver a sua missão espiritual; sublinhando para nós, italianos, que muitas "glórias" da nossa história são fruto da presença do papado em Roma e da fé da população; nos pondo em guarda contra a apostasia que inevitavelmente nos leva à ruína.

ZENIT: O pontificado de Leão XIII é vastíssimo na produção de escritos. Com que critério você selecionou as ‘pílulas' publicadas no livro?
Pellicciari: Numa encíclica belíssima, a Saepenumero considerantes, Leão XIII descreve no que a ciência histórica se transformou: numa "conjura contra a verdade". Os liberais maçons se apropriam do patrimônio do povo cristão e, para dar uma tingida de justiça à sua sede de poder e de riqueza, apelam para a suposta escravidão à qual a Itália católica teria sido reduzida pela Revelação e pelo Magistério. Eles reescrevem a história se baseando na falsidade sistematicamente divulgada na escola, na universidade, em livros e jornais. Depois de tantas décadas, nós somos os herdeiros daquela conjura: só sabemos o que a propaganda nos contou. Eu procurei ressaltar muitos fatos que tínhamos esquecido.

ZENIT: Você afirma que o pontificado de Leão XIII é muito parecido com o de Bento XVI. Pode explicar o motivo?
Pellicciari: Por causa da grande lucidez e simplicidade, da grande sabedoria com que eles analisam e descrevem a realidade cultural da sua respectiva época. E também pela defesa de Roma e da sua história, e isso os dois fazem com muita coragem.

ZENIT: Que ensinamentos Leão XIII nos transmite?
Pellicciari: Eu considero um de grandíssimo interesse: na Humanum genus, a encíclica mais completa sobre e contra a maçonaria, o papa Pecci afirma que os maçons confiam a alguns "irmãos" a tarefa de propagandear em meio à população uma "licença desenfreada". Para governar, para comandar as pessoas sem elas se darem conta, é preciso torná-las escravas das suas paixões. Só transformando os homens em marionetes, só privando-os da vontade com a desculpa da liberdade, se consegue "subjugá-los" e "incliná-los a obedecer". É uma lição de enorme atualidade, que nos ajuda a entender as razões do ataque à moral natural (e também à razão), perpetrado nas últimas décadas.

domingo, 22 de abril de 2012

Enciclicas


Ad Extremas (24 de junho de 1893)
Adiutricem (5 de setembro de 1895)
Aeterni Patris (4 de agosto de 1879)
Affari Vos (8 de dezembro de 1897)
Annum Sacrum (25 de maio de 1899)
Arcanum Divinae (10 de fevereiro de 1880)
Augustissimae Virginis Mariae (12 de setembro de 1897)
Au Milieu Des Sollicitudes (16 de fevereiro de 1892)
Auspicato Concessum (17 de setembro de 1882)
Caritatis (19 de março de 1894)
Caritatis Studium (25 de julho de 1898)
Catholicae Ecclesiae (20 de novembro de 1890)
Christi Nomen (24 de dezembro de 1894)
Constanti Hungarorum (2 de setembro de 1893)
Cum Multa (8 de dezembro de 1882)
Custodi di quella Fede (8 de dezembro de 1892)
Dall'altodell'Apostolico Seggio (15 de outubro de 1890)
Depuis le Jour (8 de setembro de 1899)
Diuturni temporis (5 de setembro de 1898)
Diuturnum (29 de junho de 1881)
Divinum illud munus (9 de maio de 1897)
Dum Multa (24 de dezembro de 1902)
Etsi Cunctas (21 de dezembro de 1888)
Etsi Nos (15 de febrero de 1882)
Exeunte Iam Anno (25 de dezembro de 1888)
Fidentem Piumque Animum (20 de setembro de 1896)
Fin dal Principio (8 de dezembro de 1902)
Grande Munus (30 de setembro de 1880)
Graves de Communi Re (18 de janeiro de 1901)
Gravissimas (16 de maio de 1901)
Humanum Genus (20 de abril de 1884)
Iampridem (6 de janeiro de 1886)
Immortale Dei (1 de novembro de 1885)
In Amplissimo (15 de abril de 1902)
Inimica Vis (8 de dezembro de 1892)
In Ipso (3 de março de 1891)
In Plurimis (5 de maio de 1888)
Inscrutabili Dei Consilio (21 de abril de 1878)
Insignes (1 de maio de 1896)
Inter Graves (1 de maio de 1894)
Iucunda Semper Expectatione (8 de setembro de 1894)
Laetitiae Sanctae (8 de setembro de 1893)
Libertas (20 de junho de 1888)
Licet Multa (3 de agosto de 1881)
Litteras a Vobis (2 de julho de 1894)
Longinqua (6 de janeiro de 1895)
Magnae Dei Matris (8 de setembro de 1892)
Magni Nobis (7 de março de 1889)
Militantis Ecclesiae (1 de agosto de 1897)
Mirae Caritatis (28 de maio de 1902)
Nobilissima Gallorum Gens (8 de fevereiro de 1884)
Non Mediocri (25 de outubro de 1893)
Octobri Mense (22 de setembro de 1891)
Officio Sanctissimo (22 de dezembro de 1887)
Omnibus Compertum (21 de julho de 1900)
Pastoralis (25 de julho de 1891)
Pastoralis Officii (12 de setembro de 1891)
Paternae (18 de setembro de 1899)
Paterna Caritas (25 de julho de 1888)
Pergrata (14 de setembro de 1886)
Permoti Nos (10 de julho de 1895)
Providentissimus Deus (18 de novembro de 1893)
Quae Ad Nos (22 de novembro de 1902)
Quam Aerumnosa (10 de dezembro de 1888)
Quamquam Pluries (15 de agosto de 1889)
Quam Religiosa (16 de agosto de 1898)
Quarto Abeunte Saeculo (16 de julho de 1892)
Quod Anniversarius (1 de abril de 1888)
Quod Apostolici Muneris (28 de dezembro de 1878)
Quod Auctoritate (22 de dezembro de 1885)
Quod Multum (22 de agosto de 1886)
Quod Votis (30 de abril de 1902)
Quum Diuturnum (25 de dezembro de 1898)
Reputantibus (20 de agosto de 1901)
Rerum Novarum (15 de maio de 1891)
Saepe Nos (24 de junho de 1888)
Sancta Dei Civitas (3 de dezembro de 1880)
Sapientiae Christianae (10 de janeiro de 1890)
Satis Cognitum (29 de junho de 1896)
Spectata Fides (27 de novembro de 1885)
Spesse Volte (5 de agosto de 1898)
Superiore Anno (30 de agosto de 1884)
Supremi Apostolatus Officio (1 de setembro de 1883)
Tametsi Futura Prospicientibus (1 de novembro de 1900)
Urbanitatis Veteris (20 de novembro de 1901)
Vi è Ben Noto (20 de setembro de 1887)

sábado, 21 de abril de 2012

Brasão e Lema


Brasão pontifício de Leão XIII


Descrição: Escudo eclesiástico. Em azul, com um carpino plantado numa planície, tudo ao natural, atravessado de uma faixeta de prata, adestrado em chefe de um cometa de jalde, posto em banda e acompanhado, em ponta, de duas flores-de-lis prateadas. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Timbre: a tiara papal de prata com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de blau com o mote: LVMEN IN CÆLO, em letras de argente. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.

Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas as armas modificadas da família do pontífice, os Pecci, antiga família de Siena, Província de Florença, na região da Toscana, da qual um dos ramos passou a Carpineto Romano, nos Estados Pontifícios, no século XVI. O campo de blau (azul) representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. O carpino é símbolo da imortalidade e representa o local de origem da família Pecci, Carpineto Romano, sendo que a expressão "ao natural" é um recurso para coloca-lo, juntamente com a planície, naturalmente de sinopla (verde), sobre o campo de blau (azul), sem ferir as leis da heráldica.

O Cardeal Camerlengo
certifica a morte de Leão XIII
 
A faixeta, por seu metal argente (prata) traduz: inocência, castidade, pureza e eloqüência. O cometa representa Nosso Senhor Jesus Cristo, "Luz do Mundo", numa referência ao Cântico de Simeão (Lc 2,32), e também faze alusão à escolha divina do Cardeal Pecci para Pastor Universal da Igreja, sendo de jalde (ouro) simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. As duas flores-de-lis ( no brasão familiar consta uma só), relembram a origem remota da família, na Província de Florença, sendo de argente (prata) têm o significado já descrito deste metal. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa.

As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19).

Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, recorda, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa. No listel o lema "Luz no céu" é mais uma referência ao ‘’Cântico de Simeão’’ (Lc 2,32): "Luz para iluminar as nações todas".

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